E aí pessoal, tudo bom?
O post de hoje é a conclusão do meu
pequeno mochilão pelo Leste Europeu. Vou falar sobre a cidade de Budapeste,
capital da Hungria, uma das cidades mais singulares que já conheci e que me
surpreendeu bastante. Cortada de norte a sul pelo rio Danúbio, um dos rios mais
importantes da Europa, a cidade surgiu como união de duas outras cidades: Buda
e Peste, cada uma de um lado do grande Danúbio. Não vou me arriscar a falar
sobre a história local pois trata-se de uma trama bem conturbada e repleta de
invasões e dominações.
Nos posts anteriores você acompanhou minha
passagem por Praga e Viena e eu havia já comentado sobre a maneira como fui de
Viena para Budapeste.
Planejamento
Antes de sair de Torino, visitei o bom e velho
HostelWorld e encontrei um hostel que parecia muito bom: o The Groove.
Próximo a uma das pontes de Budapeste, com ótima reputação no site e preços
excelentes, o the groove parecia uma ótima opção. Paguei cerca de 12 euros por
cada diária em um quarto coletivo.
Além disso, comprei passagens aéreas
para meu retorno a Itália. Como não encontrei bons preços para vôos saindo de
Budapeste, comprei passagens da WizzAir de Debrecen para Milão, o que
encerraria minha viagem pelo Leste Europeu.
O trajeto de Budapeste para Debrecen, a segunda maior cidade da Hungria,
era algo que eu ainda não havia conseguido resolver. Acabei deixando pra
resolver isso quando estivesse em Budapeste. E é mais ou menos isso...
planejamento praticamente encerrado.
A Viagem
Chegamos em Budapeste de ônibus e fomos
deixados próximos a uma estação de metrô. As primeiras dificuldades em
Budapeste foram o idioma local e a moeda. É meio complicado entender os mapas
por causa das palavras estranhas do Húngaro. Se comunicar no idioma local
então, sem chance. A menos que você conheça bem o idioma, o que é improvável
pois a Húngaro é uma das línguas mais difíceis de se aprender. Tenho amigos que
moraram por um ano na Hungria a não aprenderam. Logo, a melhor opção é usar o
bom e velho inglês. Com relação a moeda, trocamos nossos Euros em um local
próximo a estação de Metrô e a cotação é altamente favorável: cada Euro vale
cerca de 300 Florins (a moeda húngara) e cada Real vale cerca de 100 Florins.
Superadas essas primeiras dificuldades, encontramos o caminho que faríamos, de
metrô, para chegar ao hostel e nos dirigimos pra lá.
O The Groove era realmente como a
reputação dizia. Embora fosse um grande apartamento adaptado para se tornar um
hostel, ele era confortável, com um ambiente agradável e um ótimo custo
benefício. Se você vai a Budapeste, o The Groove é uma boa opção, embora possam
existir outros hostels melhores já que Budapeste tem uma grande quantidade de
hostels. Feito o check-in, resolvemos andar pela cidade seguindo o mapa
turístico que haviamos pegado no metrô para conhecer as principais atrações locais.
Começando as atrações principais temos
a Basílica de Santo Estêvão, a maior igreja da Hungria, localizada no
"lado Peste" da cidade. Com sua cúpula majestosa, a Basílica é uma
das construções mais altas de Budapeste. Abriga uma importante relíquia: a
múmia do rei Estevão I da Hungria.
Interior da Basílica
Outra
grande atração da capital Húngara é o Castelo de Buda. Considerado Patrimônio
da Humanidade pela Unesco, o castelo foi construídos sobre uma colina próxima
às margens do rio Danúbio e, naturalmente, do "lado Buda" da cidade.
O Castelo é uma atração imperdível não só por si próprio mas também porque de
lá você terá uma vista privilegiada de Budapeste.
Castelo de Buda a distancia, no alto da colina
Castelo de Buda
Próxima ao Castelo de Buda está a
Igreja de São Matias, uma igreja que chama a atenção por seus telhados
coloridos. Muitos importante para o povo húngaro por ser um dos locais
escolhidos para cerimônias oficiais, a Igreja é bem singular. Não me lembro de
ter visto outra igreja com aspecto tão alegre durante minhas viagens.
Infelizmente não consegui visitar o interior da Igreja de São Matias por causa
das restrições de horários para turistas.
A bela Igreja de São Matias
E uma atração que não pode ficar fora
da lista é o Parlamento Húngaro. Localizado às margens do rio Danúbio, o
Parlamento é o maior edifício da Hungria e segundo maior parlamento da Europa.
Abriga no seu interior a coroa do primeiro rei da Hungria.
O Parlamento Húngaro e o Rio Danúbio
A entrada do Parlamento Húngaro
Uma das
principais ligações entre o lado Buda e o lado Peste da cidade também é um
ponto turístico. Estou falando da Ponte das Correntes, uma ponte pênsil
inaugurada em 1849 que liga a Praça Roosevelt a Praça Adam Clark.
A Ponte das Correntes
Outro ponto turístico muito importante
de Budapeste é a Praça dos Heróis. Localizada em um dos extremos da Avenida
Andrássy, a Praça dos Heróis é uma homenagem a diversos personagens históricos importantes
da Hungria bem como aos chefes da tribos magiares que fundaram a cidade em seus
primórdios. Começou a ser construída como comemoração do milésimo aniversário
da Hungria, em 1896.
A famosa Praça dos Heróis
Dois dias depois eu estava pegando o
trem de Budapeste para Debrecen e de lá seguindo para Milão e encerrando meu
pequeno mochilão pelo Leste Europeu. Não tivemos nenhum problema significativo
nessa parte final da viagem, apenas alguns inconvenientes como ter que pegar o
trem de madrugada para chegar no aeroporto a tempo e não conseguir entender a
placas e paradas do trem por causa do idioma.
Budapeste é fascinante! É uma cidade
que realmente me surpreendeu. Pode-se perceber nela a união de diversas
culturas, o que ocorre devido a sua história conturbada. Deixei a cidade com a
sensação que a conheci de forma bastante superficial (infelizmente não pude
fazer uma postagem mais completa por causa disso) e com muita vontade de
retornar para ficar mais tempo e conhecê-la mais a fundo. Além disso, Budapeste é uma cidade bastante barata se comparada com a maioria das cidades turísticas da Europa, o que a torna ainda mais atrativa para quem deseja viajar e ter boas experiências sem gastar demais.
É isso, pessoal. Esse post encerra
minha pouca experiência no Leste Europeu. Espero que tenham gostado. Semana que
vem tem mais! Abraços.
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